segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Cavalo de batalha

No jargão teatral, é o grande papel, a criação artística que celebrizou um ator ou uma atriz. "A Dama das Camélias" era o cavalo de batalha de Sarah Bernhardt. " A Dama do Mar", o de Eleonora Duse. "Pega Fogo" (Poil de Carotte) o de Cacilda Becker, "Deus lhe Pague" o de Procópio Ferreira. Provém da França quando o cheval de guerre dos membros da nobreza era o mais aparatosamente ajaezado. Aplica-se também a expressão no sentido de exagerar a importância das coisas, criando incidentes ou deflagrando campanhas. Em "O Globo" do Rio, a 3/12/1960, havia na primeira página um editorial com o título de "Novo Cavalo de Batalha", em cujo texto se dizia que os nacionalistas faziam onda em torno da Petrobrás e levavam ao pelourinho os dirigentes dos assuntos petrolíferos, acrescentando o vespertino carioca que "agora e sempre são eles os criadores da cavalos de batalha". A expressão francesa pode ter origem numa passagem do Livro de Job, em que há um discurso de Deus a este e onde se lê, no capítulo 39, a partir do versículo 19: "És tu que dá o vigor ao cavalo, e fostes tu que enfeitastes seu pescoço com uma crina ondulante, que o fazes saltar como um  gafanhoto, relinchando terrivelmente? Orgulhoso de sua força, escava a terra com a pata, atira-se à frente das armas. Ri-se do medo, nada o assusta, não recua diante da espada. Sobre ele ressoa a aljava, o ferro brilhante da lança e o dardo; tremendo de impaciência, devora o espaço, o som da trombeta não o deixa no lugar. Ao sinal do clarim, diz: "Vamos!". De longe fareja a batalha, a voz tonante dos chefes e o alarido dos guerreiros". É uma perfeita discrição do cavalo de batalha. Na França, diz-se também cheval de trompette, como ensina Maurice Rat, no "Dictionaire des Locutions Françaises", dos homens e mulheres aguerridos, o que é abonado com esta frase de Henri Monnier: "Moi d'abord, je suis bon cheval de trompette, le bruit ne m'effraie pas" (Eu antes de tudo, sou um cavalo de trompeta, o barulho não me assusta). Cavalo de trompeta é a tradução literal, mas o sentido é o de afeito aos toques de clarim.

Nota

Ajaezado: enfeitado, adornado.

Aljava: bolsa ou estojo em que se guardavam as flechas, e que se trazia pendente do ombro.

Alarido: barulho excessivo; que está repleto de ruídos; muitas vozes em simultâneo; gritaria. berreiro, algazarra. Choradeira, lamurias ou clamor de guerra.

Aguerridos: v.t. aguerrir - acostumar à guerra: aguerrir as tropas. Habituar a lutas, contrariedades. Tornar valoroso.
                   

domingo, 30 de dezembro de 2012

Ri, e o mundo rirá contigo; chora, e chorarás sozinho

Tornou-se proverbial esta sentença, saída da pena da poetisa e jornalista norte-americana Ella Wheeler Wilcox (1850-1919), autora de Drops of Water", Poems of Passion", Sweet Danger", "The Art of Being Alive", The Way of the World", etc. Tais palavras são os dois primeiros versos de uma quadra que diz: "Laugh, and the world laughs with you; weep, and you weep alone: For this brave old earth must borrow its mirth, it has trouble enough of its own" (Ri, e o mundo rirá contigo; chora, e chorarás sozinho: pois esta velha e brava terra precisa alegria de empréstimo, e bastam-lhe as complicações que lhe são próprias).

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Perder a cabeça

Não saber mais o que fazer, cometer loucuras ou imprudências. Com  o mesmo sentido, dizem os franceses: Perdre la tête e os ingleses Lose the head. Carlos de Leat tentou impugnar esta locução num romance de Camilo Castelo Branco, acusando-a de galicista. Defendeu-se o escritor português nos "Ecos humorísticos do Minho", fascículo terceiro, por esta forma: "Dizemos perder o juízo, o tino, a razão. Por que não diremos perde a cabeça, se, neste caso, cabeça é sinônimo de juízo, tino, e razão? O Padre Antonio Vieira (tomo XV, página 182) disse: "Homem de tanta cabeça" como quem diz: "Homem de tanto juízo ou talento". E, adiante: "Nós dizemos frequentemente perder os passos, perder a coragem, perder o caminho. Não o digamos, pois, porque os franceses dizem: Perdre courage, e perdre ses pas, perdre son chemin. Estas niquices do Sr. Leat em matéria de linguagem denunciam o ranço filológico de 1820; são rabugices fradescas do monge Tibães, que, se vingassem, a língua portuguesa ficaria em Frei Luís de Sousa".

Nota

Galicista: Pessoa que usa galicismos (estrangeirismo, especialmente palavras de origem francesa).

Niquices: Que se torna impertinente com minúcias aborrecidas.

Fradesco: Que diz respeito a frades ou conventos, monásticos.

Mosteiro Tibães: O primitivo convento de Tibães foi provavelmente fundado por S. Martinho de Dume, durante o reinado do monarca suevo Teodomiro, no século VI. Sabe-se, todavia, que existia já no tempo da invasão árabe e pode mesmo supor-se que o Mosteiro de Tibães fosse um dos que prosseguiu a sua atividade religiosa mediante certos tributos pagos ao povo conquistador. Foi sede da Ordem de São Bento e em 1480 começou a ser erigida pelos árabes. No reinado de D. João III, na época Frei António de Sá era o abade dos Tibães que começaram  novas reparações e construções. Nos finais do século XVI, os beneditinos demoliram o edifício, para em seu lugar erguer um outro, de estilo magnificente e barroco.



segunda-feira, 19 de novembro de 2012

A adversidade faz heróis

É um dos adágios sobre a adversidade registrado nos "Provérbios" de Mário Lamenza. Também aí se encontram: A adversidade embeleza os caracteres que não avilta e A adversidade faz o homem prudente e não rico. Montaigne cita no capítulo III do livro segundo dos "Ensaios" dois trechos latinos expressivos sobre esse tópico. Um, de Sêneca, que diz: Non est, ut putas, pater. Timere vitam, sed malis ingentibus. Obstare, nec se vertere ac retro dare (Não, a virtude não consiste como tu o pensas, ó pai, em temer a vida, mas em fazer face às grandes adversidades e jamais voltar-lhes as costas). Outro, de Marcial, diz: Rebus in adversis facile est contemnere mortem. Fortius ille facit qui miser esse potest (Na adversidade é fácil menosprezar a morte; o mais bravo é o que sabe ser infeliz).

Nota

Aviltar: 1. Torna-se vil, desprezível, desonrar, humilhar. 2. Causar abjeção.

domingo, 18 de novembro de 2012

Quem dá aos pobres, empresta a Deus

Sentença baseada no texto bíblico do "Provérbios", Foeneratur Domino qui miseratur pauperis (O que se compadece do pobre empresta ao senhor). Com a forma Qui donne aux pauvres, prête à Dieu, serve de epígrafe à poesia de Victor Hugo, "Pour les Pauvres" (Para os pobres), do volume "Feuilles d'Automne" (Folhas do Outono). Castro Alves repetiu o verso Huguono no título de uma de suas poesias das "Espumas Flutuantes", em que pedia auxílio para os órfãos dos soldados brasileiros mortos na Guerra do Paraguai, contribuindo assim de maneira significativa para a difusão dessa máxima.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Já aqui não está quem falou

Mais conhecido como: Já não está aqui quem falou. Modo pitoresco de retratar uma opinião, ou ceder diante de um esclarecimento ou raciocínio alheio. Na comédia da Martins Pena, "O juiz de paz da roça", o magistrado, depois de saber que José se havia casado com Aninha, diz-lhe: "O senhor queira perdoar se o chamei de biltre; já aqui não está quem falou". João Ribeiro demonstra, nas "Frases Feitas", que a expressão já era usada no século XVIII, transcrevendo estes versos do poeta arcádico e dramaturgo português Manuel de Figueiredo: "Isso é o que nós dizemos: Já aqui não está quem falou".

Nota

Biltre: s.m. Homem desprezível, tratante, patife, salafrário, safardana.


quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Fazer o diabo a quatro

O mesmo que pintar a manta. Fazer desordem ou ruído, promover incidentes de toda a espécie. A expressão é francesa e teve origem nas representações dos mistérios do teatro medieval, em que era constante a presença do diabo. Havia diabruras pequenas, em que aparecia um só diabo, às vezes dois, e grandes diabruras, em que vinham quatro diabos, fazendo grande estardalhaço. Donde diabo a quatro, locução que aparece nesta frase de Voltaire: Je ferai le diable à quatre pour faire acepter sa pancarte (Farei o diabo a quatro para fazer aceitar sua tarefa), o que mostra que tinha curso entre os intelectuais mais ilustres do século XVIII.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Espantar os males

O adagiário português está cheio de conselhos para espantar os males por meios de cantigas, certamente alegres. Há nos "provérbios" de Mário Lamenza estas três formas: Quem canta, maus fados espanta, Quem chora mais os aumenta e Quem canta, seus males espanta. Mas a forma mais divulgada é a que consta do início desta trova lusitana: Quem chora seu mal aumenta; eu canto p'ra aliviar esta dor que me atormenta. Simões Lopes Neto, nos "Contos Gauchescos", registra esta quadra que diz ser de uma toada dos seus pagos: "Quem canta refresca a alma; cantar adoça o sofrer; quem canta zomba da morte; cantar ajuda a viver!" Isso não impede que outros rifões apresentem restrições: Quem canta antes do almoço, não chega ao sol posto e Quem canta na mesa e dança no leito, é tolo perfeito. Camões, porém, assim versejava: "E o trabalhador cantando, os seus males menos sente."

Nota


Adagiário: coleção de adágios (provérbios).

Rifão: Adágio ou provérbio.


domingo, 22 de julho de 2012

Lamber as botas

Lamber as botas ou limpar as botas de alguém é praticar ato do mais baixo servilismo. A expressão é comum a vários idiomas. Em inglês, bootlicker ou bootlick (palavras da gíria dicionarizadas por Maurice H. Weseen em "A Dictionary of American Slang"). Em francês: Lèche-bottes, usada pelo poeta Jacques Ancelot (1794-1854) nestes versos: "Tous ces gens tatoués de plaques et de croix ont lèche sans rougir la botte de vingt rois" (Toda essa gente carregada de condecorações, lambeu sem ruborizar-se as botas de vinte reis). Em italiano: Leccapiedi (lambe pés), ou leccazampi (lambe patas).

sábado, 21 de julho de 2012

Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura

Provérbio de origem latina enunciado em um verso de Lucrécio, da seguinte forma: Stillicidi casus lapidem cavat (A água que tomba gota a gota fura o rochedo). A mesma coisa afirmou o poeta Ovídio, nestes versos da "Arte de Amar": Quid magis est durum saxo? Quid mollius unda? Dura tamen molli saxa cavantur aqua (Que é mais duro que uma pedra? Que é mais mole que a água? Contudo, a água mole cava a pedra dura).

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Mais vale um pássaro na mão do que dois voando

Ensina esse provérbio que não se deve trocar uma vantagem real, ainda que modesta, por outra que, parecendo duas vezes maior, não é tão segura, ou não passa de simples hipótese. Variante portuguesa do mesmo provérbio: Antes um pardal na mão que uma perdiz a voar. Existe o mesmo provérbio na língua inglesa, com a seguinte forma: A bird in hand is worth two in the bush (Um pássaro na mão vale dois no mato). Há outras formas inglesas: One bird in the hand is worth two on the roof (Um pássaro na mão é melhor que dois no telhado) e A bird in the cage is worth a hundred at large (Um pássaro na gaiola é melhor que um cento à solta). Este último tem perfeita correspondência no italiano. E meglio un ucello in gabbia che cento fuori. Os holandeses têm o mesmo provérbio falando em dez pássaros, em vez de um cento.

domingo, 1 de julho de 2012

Bode expiatório

É alguém que leva a culpa de atos que não cometeu, ou é oficialmente responsabilizado por atitudes que outros tomaram e apenas lhe são atribuídas. É o que os ingleses chamam scapegoat e os franceses de bouc émissaire. O nome representa uma alusão ao bode, símbolo das iniquidades do povo judeu, que, no Dia da Expiação (Yom Kippur), o sumo sacerdote expulsava aos confins do deserto, expiando assim os pecados de Israel. Azazel significa o emissário ou o enviado. Para Alphonse de Lamartine, Luis XVI cumpriu um destino semelhante: pagou as culpas do trono, da aristocracia, do sacerdócio, de La Fayette, dos girondinos e até dos jacobinos. Em suma: C'était I'homme émissaire des temps antiques, inventé pour porter les iniquités de tous (Era o homem emissário dos tempos antigos, inventado para arcar com as iniquidades de todos).

Nota


Girondino ou girondinismo era a denominação de um grupo político moderado, chefiado por Jaques Pierre Brissot (1754-1793) durante a Revolução Francesa. Compreendia junto com os jacobinos (jacobinismo) liderados por Robespiérre e cordeliers (por Danton) o Terceiro Estado, e ocupavam o lado esquerdo da Assembleia, ficando o direito para o clero (Primeiro Estado) e aristocracia (Segundo Estado). Defendiam uma Monarquia Constitucional e se enfraqueceram politicamente com a tentativa de fuga de Luis XVI. A conotação política dos termos Esquerda e Direita provem desta divisão inicial da Assembleia Nacional Francesa.



sexta-feira, 29 de junho de 2012

Onde o diabo perdeu as botas

O mesmo que Onde o Judas perdeu as botas. Lugar longínquo, de difícil acesso. No mesmo sentido existem as locuções Para lá de caixa pregos e Nos calcanhares de Judas. Vivaldo Coaracy empregou aquela expressão em seu livro "Catavento", na crônica intitulada "Veranistas", onde se lê: "Estou pensando em por um anúncio no jornal. Um anúncio nestes termos: Para veraneio - Procura-se hotel ou pensão que não aceite crianças e onde não seja permitido aos hóspedes festejar o carnaval. Se receber resposta, vou lá, nem que seja onde o diabo perdeu as botas".

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Don Juan

Ser um Don Juan é o mesmo que ser um conquistador impenitente, um homem dissoluto, um libertino incorrigível. É um dos personagens mais famosos da galeria teatral e apareceu, pela primeira vez, na peça "El Burlador de Sevilla", do religioso espanhol Gabriel Tellez. O autor, que viveu entre o último quartel do século XVI e o ano de 1648, usava o pseudônimo de Tirso de Molina. A peça em que apresentou a figura de Don Juan foi estreada no ano de 1630, tendo sido imitada por muitos autores famosos, entre os quais Molière, Goldoni, Corneille, Shadwell, Grabbe, Alexandre Dumas e outros. Mozart converteu a história de Don Juan em ópera, sob o título de "Don Giovanni" e fez do seu criado, Sganarelle na versão de Molière, o Leporello que apregoa ter seu amo, "na Itália 700 amantes, na Alemanha 800, na Turquia e na França 91 e na Espanha 1003". No século passado, o poeta espanhol José Zorrilla y Moral escreveu nova versão da famosa obra de Tirso de Molina, com o título de "Don Juan". E neste século houve novos adaptadores, entre os quais os franceses Henry Bataille, Edmond Rostand, Henri de Montherlant e o brasileiro Guilherme Figueiredo.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Pandemônio


Definida hoje por nossos dicionários como "conluio de indivíduos para fazer mal ou armar desordens; o inferno; tumulto, balbúrdia" e coisas semelhantes, pandemônio é uma palavra inventada pelo famoso poeta inglês John Milton em seu grande poema "Paradise Lost" (O paraíso Perdido). Aliás, ele escrevia "Pandemonium", com maiúscula, e no seu poema tal lugar é o Palácio dos Diabos, ou a capital do Inferno. Embora criada artificialmente, tal palavra tem raízes gregas perfeitas: pan, que significa todos, e deimon, demônios, ou seja, concentração ou assembléia de demônios.

Nota


Paradise Lost é um poema do poeta inglês John Milton. Foi originalmente publicado em 1667 em dez livros, com um total de mais de 10 mil linhas individuais de verso. A segunda edição seguida, em 1674, transformada em doze livros com revisões menores ao longo e uma nota sobre a versificação.

O poema refere-se à bíblica história da queda do homem: a tentação de Adão e Eva pelo anjo caído Satanás e sua expulsão do jardim do Éden. O propósito de Milton, declarado no Livro I, é: "Justificar os caminhos de Deus aos homens". Paradise Lost é considerada uma das maiores obras literárias da literatura inglesa.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Usar luvas de pelica

Diz-se dos atos que são praticados cautelosamente, sem escândalo ou rudeza, ainda que severos e drásticos, ou quando a severidade é hipocritamente dissimulada com aparências de suavidade ou gentileza. Em língua inglesa existe expressão aproximada: Iron hand in a velvet glove (Mão de ferro em luvas de veludo). Em francês, diz-se : Faire patte de velours.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

História para boi dormir

Explicação forçada, justificativa longa e extenuante, coisa inventada para iludir a boa fé alheia. Usa-se também a expressão Conversa mole para boi dormir. Os franceses têm uma locução aproximada: Contes à dormir debout (Histórias para dormir em pé), aplicada às narrativas longas e desinteressantes.

Nota


Significado de extenuante

Extenuar


V.T. Cansar-se, enfraquecer-se, exaurir, abater.




domingo, 24 de junho de 2012

Cutucar o diabo com vara curta

Expor-se a revides ou represálias, às quais é difícil resistir. Agir com imprudência ou temeridade. Discursando em dezembro de 1963, na Câmara dos Deputados, o Sr. Dirceu Cardoso, da bancada capixaba, disse, referindo-se ao então Presidente João Goulart: "A nação está sentindo que o chefe do governo está cutucando o diabo com vara curta". Em francês, há duas expressões de sentido equivalente, que são: Tirer le diable par le queue (Puxar o diabo pelo rabo) e Leger le diable dans sa bourse (Agasalhar o diabo em sua bolsa). Também se diz: Cutucar onça com vara curta.

Nota

Significado de revides

Revidar

V.T. Vingar ofensa ou agressão com outra maior: revidar os golpes.
V.I. Replicar, objetar, contradizer: revidei tão logo me deixou falar.

Exemplo com a palavra revides na imprensa

"Claro que não é coincidência. É tudo resultado de manobras, revides, formas de poder. Clubes que ousam contrariar status. Felizmente tem gente que reage, se coloca", completou.
Folha de São Paulo, 14/12/2010.